Dois meses do amor mais puro que existe

Olá!
Aqui vai mais um bocadinho da minha história. Estive ausente uns dias, mas entre fraldas, biberões e um óptimo (e primeiro em família) fim-de-semana fora para apanhar ar puro não deu para escrever.
Descobri que afinal os bebés não passam a maioria do tempo a chorar, pelo menos a minha...
Posso-me considerar uma sortuda, porque além de só chorar para comer, ainda se ri para mim cada vez que acorda...
Mas nem tudo foram rosas... Nestes dois meses, aprendi que afinal amamentar dói muito mais do que alguma vez pensei e chorei, chorei e chorei a achar que ia precisar de um belo par de silicone quando parasse de amamentar...
Infelizmente não tive leite muito tempo e a tortura acabou cedo, não porque quis, amamentar sempre foi uma coisa que por muito dolorosa que fosse, aguentava e era uma prioridade para mim.
Mas toda a dor era nula quando olhava para ela, quando a tinha ao colo, quando via que esta pequenina bebé dependia de mim e só de mim para se alimentar.
Tirando essa fase, estes dois meses foram muito calmos, ela é uma santinha, agora já se ri muito! Acorda a rir, basta um "olá" para sair o maior sorriso do mundo, já faz um "aaahhhh" ou melhor... "dahhh" ou "uuuuhhhh" que originam as conversas que temos todos os dias de manhã! Falar com ela, mesmo sem percebendo o que lhe vai naquela cabeça ainda completamente inocente, é melhor que muitas conversas que tenho com muito boa gente que por aí anda.
Agora começa a ficar acordada muito mais tempo, principalmente de manhã, já não é um bebe "come e dorme"! Estou a adorar esta fase dela, vou sempre adorar todas, eu sei, mas agora sinto que ela já interage comigo, quer brincar comigo, quer a minha atenção e dos que nos rodeiam, e quando não a tem fica ofendida!! Não esperava outra coisa, tem de mostrar logo em bebé a sua forte personalidade ;)
Já comeca a dormir noites quase seguidas, já conseguimos chegar ao record de 7horas, que até agora não passava das 4h, no maximo, 5h! Parecendo que não, 7h para mim e calculo que para qualquer mãe, já é uma noite completa! Pelo menos já da para conseguir descansar e ter energia para toda a agitação logo pela manha!
Prometo continuar a contar novos episódios da Luísinha e da mãe mais babada do mundo!
Agora vou aproveitar para dormir as minhas horinhas, que ela já vai com 2h de avanço!!

Beijinhos :)

Chica Melancia

Mães, Tias, Tios, Primos, Primas, Avós, Avôs e por aí fora, aconselho-vos a darem uma espreitadela nas coisas amorosas que uma amiga minha faz (Chica Melancia) para bebés que são uma óptima escolha agora para o Natal.
Deixo-vos aqui umas fotografias para babarem um bocadinho... :)

Website: http://chicamelancia.blogspot.com

P.S.: Estão à vontade para oferecer à Luísinha!! :P

Beijinhos

Lucky number 7

Hospital da Luz - 7 de Setembro de 2011 - 14:30

Dei entrada para o bloco de partos, em que me sentia como se estivesse noutro planeta, não pelo aspecto da sala, nem pelas vestimentas dos médicos, mas sim pelas anestesias que além de me sentir noutra dimensão, parecia que não dormia há 2 anos e mal conseguia abrir os olhos!
Tinha sentado ao meu lado um anestesista muito simpático e cheio de piadas e foi graças a ele que me consegui manter acordada! Sempre fui muito cusca e ainda pedi aos médicos que me deixassem ver, mas não fui bem sucedida então fiquei o tempo todo a tentar ver alguma coisa atráves dos espelhinhos do "candeeiro" que estava em cima de mim, mas além de não ter conseguido ver nada, ainda fiquei encandeada, mas ao menos ninguém me pode criticar por não ter tentado!
Passado 1h continuavam a fazer sei lá o quê na minha barriga, tudo o que sentia era qualquer coisa a ser puxada e todos a falarem, não me lembro bem do quê, mas esqueci-me de dizer que estavam dois moçoilos a assistir à cirurgia que só no final é que dei pela presença deles!
15:36 todo o sono que tinha passou quando ouvi a minha médica a dizer "VEM AÍ!" e finalmente baixam o pano e após 1 hora de tanta insistência lá consegui ver a boneca a dar o ar da sua graça pela primeira vez!!
Confesso que não a ouvi chorar, ou então não me lembro o que também é possível por causa da anestesia!
Mas só quando a puseram ao pé de mim é que me caiu a ficha, e aí sim, tive a sensação do que era ter uma coisinha tão pequenina e perfeitinha que dependia de mim e só de mim!
A partir desse momento despertei e a única coisa que queria era tê-la ao pé de mim que não aconteceu por mais uma hora... Ainda lá fiquei deitada à espera, comecei a ficar ansiosa porque não a ouvia e pior, não a via e não sabia dela... Lembro-me de perguntar várias vezes por ela em que me disseram que a estavam a lavar e a vestir, mas a espera estava a dar comigo em louca, cheguei a perguntar se ela estava na sala e só consegui descansar quando uma enfermeira vem ter comigo, passa-me a mão no cabelo e diz: "A sua filha é linda, não se preocupe que ela está aqui na sala a dormir!", confesso que achei que a frase era um cliché, nunca achei um bebé recém-nascido bonito, sempre achei que pareciam todos aqueles bonecos feitos de plasticina, mas não, consta que a miúda era gira logo quando nasceu!
foram 3,460kg e 50cm que andaram aqui dentro a nadar durante meses, mas apesar de não ter sido programado, posso dizer que se soubesse o óptimo que é, já tinha programado há muito tempo!
:)

As 40 semanas mais longas de sempre

2 de Janeiro de 2011, já estava eu atrasada 2 semanas, mas como nunca fui uma pessoa muito regular até aí não tinha dado muita importância, ainda era normal, decidi falar com o meu namorado e explicar-lhe o que se estava a passar. Miúdos, nervosos, não era de todo aquilo que estava nos nossos planos no momento, fomos à farmácia comprar não um, não dois, mas três testes de gravidez, só para aliviarmos um bocado da pressão que se fazia sentir no ar.
Três testes de gravidez, três resultados negativos. Bom, afinal não vale a pena fazer grandes filmes na minha cabeça, pensava eu, porque no final de contas era só mais um dos meus atrasos.
4 de Janeiro de 2011 acordo com um feeling que devia ir fazer mais um teste de gravidez, não me perguntem porquê, até porque achei que me ia aparecer o período, tinha todos os sintomas, mas não satisfeita com os resultados, ou talvez puro instinto, antes de ir trabalhar fui comprar mais um teste de gravidez e... BINGO! este dá positivo.
Parei para pensar, não consigo descrever aquilo que senti naquele momento, mas posso dizer que foi como se fosse uma peça de roupa dentro de uma máquina de lavar a roupa a centrifugar no máximo!
Lá me consegui acalmar e ligo imediatamente para uma clínica a marcar uma consulta para tirar todas as minhas dúvidas e saber o que havia de fazer. Nesse mesmo dia à tarde peguei no "Dad to be" e lá fomos nós, assustados como se tivessemos visto um fantasma, para a dita da consulta em que uma simpática médica só a olhar para mim me diz "Ai menina, nem era preciso fazer ecografia para ver que a menina está grávida!", há que explicar que eu nunca tinha visto a médica na minha vida, nem ela a mim, mas lá que ela sabia, sabia!
Fez-me a ecografia e mostra-me o que hoje é uma bebé e na altura era um saquinho e exclama "Parabéns! Está a ver? Está aqui! É este saco muito pequenino!" E assim descobri que estava grávida de 4 semaninhas.
E agora? Pensava eu... 24 anos, tinha começado a morar com o meu namorado há pouco mais de 2 meses, já era uma mudança nova na minha vida, imaginem lá descobrir que estava grávida. Adiante, everything happens for a reason, foi o que pensámos e se os outros conseguem, nós também vamos conseguir!
Fazendo um bocado de fast forward, porque senão passavam 1 mês a ler a história da minha gravidez, em Fevereiro faço outra ecografia e lá estava o que ainda era o nosso feijãozinho porque não se quis mostrar e não conseguimos saber se era Menino ou Menina. Quando a minha obstetra me diz que a próxima ecografia era só às 21/22 semanas, comecei a pensar... Já é dificil aguentar 10 semanas sem ver o feijão, quanto mais sem saber se era a Luisinha se era o Frederico (já tinhamos os nomes escolhidos praticamente desde o dia que descobrimos que estava grávida!), e é quando a minha tia me telefona a dizer: "Rita, porque não vais fazer o teste "menino ou menina" para saberes o sexo do bebé?" - não sabia sequer da existência de tal teste, fui pesquisar a eficácia, que era quase de 100% para quem já estivesse grávida de mais de 8 semanas e decidi fazer.
3 dias depois: "Parabéns! Você está grávida de uma menina!"
Na ecografia das 22 semanas o médico lá nos confirmou que era uma menina (já eu tinha comprado dezenas de coisas cor-de-rosa), mas a partir daí sim, começou a saga do quarto, côr do quarto, mobília do quarto, coisas que hoje em dia olho e penso para que é que comprei, mas faz tudo parte do processo, bem como toda a roupa que ela nunca conseguiu usar!
Toda a gravidez foi muito calminha, sem qualquer precalço pelo meio, até final de Julho em que a médica me pede repouso, porque queria que a Luisinha ficasse cá as 40 semanas e achava que se eu continuasse a fazer a minha vida normal que ela nasceria antes, a DPP era 07 de Setembro. Depois de 1 mês em casa e nas 39 semanas, vou mais uma vez à médica em que me diz: "A sua bebé parece que não está com muita vontade de sair, está de cabeça para baixo, na posição, mas está muito para cima e não me parece que vá encaixar". Confesso que fiquei um bocado irritada depois de 1 mês sem fazer nada a não ser ver todas as séries do AXN, FOX Life e por aí fora, jogar Monopólio, sim... Monopólio, precisava de coisas que ocupassem horas do meu dia, para não desesperar em ansiedade, as visitas não eram muitas porque o cansaço também já era muito e relembrar que era Agosto, pico do Verão e já estava a parecer uma bola de basquetebol e não me sentia a mulher mais atraente deste mundo...
Dia 7 de Setembro induziram-me o parto às 9 da manhã (ou tentaram pelo menos!), mas nada feito, a pipoca não descia mesmo e teve de ser cesariana. Depois de algumas horas de espera, às 15:36 nasce a Luisinha, e aí, a partir dessa hora, desse minuto, posso dizer que renasci, cresci e descobri finalmente o sentimento que é ser mãe.
No próximo post contarei tudo sobre o turbilhão de sentimentos do dia em que fui mãe!

O propósito

Olá!

Nunca fui muito de escrever, mas descobrir que estava grávida, a própria gravidez em si e ser mãe foi um processo que mudou, e está a mudar, a minha vida de tantas maneiras que decidi partilhar.

Espero que de alguma maneira as minhas experiências possam vir a ajudar algumas futuras mães nesta nova jornada que é para a vida toda.