sábado, 19 de novembro de 2011

As 40 semanas mais longas de sempre

2 de Janeiro de 2011, já estava eu atrasada 2 semanas, mas como nunca fui uma pessoa muito regular até aí não tinha dado muita importância, ainda era normal, decidi falar com o meu namorado e explicar-lhe o que se estava a passar. Miúdos, nervosos, não era de todo aquilo que estava nos nossos planos no momento, fomos à farmácia comprar não um, não dois, mas três testes de gravidez, só para aliviarmos um bocado da pressão que se fazia sentir no ar.
Três testes de gravidez, três resultados negativos. Bom, afinal não vale a pena fazer grandes filmes na minha cabeça, pensava eu, porque no final de contas era só mais um dos meus atrasos.
4 de Janeiro de 2011 acordo com um feeling que devia ir fazer mais um teste de gravidez, não me perguntem porquê, até porque achei que me ia aparecer o período, tinha todos os sintomas, mas não satisfeita com os resultados, ou talvez puro instinto, antes de ir trabalhar fui comprar mais um teste de gravidez e... BINGO! este dá positivo.
Parei para pensar, não consigo descrever aquilo que senti naquele momento, mas posso dizer que foi como se fosse uma peça de roupa dentro de uma máquina de lavar a roupa a centrifugar no máximo!
Lá me consegui acalmar e ligo imediatamente para uma clínica a marcar uma consulta para tirar todas as minhas dúvidas e saber o que havia de fazer. Nesse mesmo dia à tarde peguei no "Dad to be" e lá fomos nós, assustados como se tivessemos visto um fantasma, para a dita da consulta em que uma simpática médica só a olhar para mim me diz "Ai menina, nem era preciso fazer ecografia para ver que a menina está grávida!", há que explicar que eu nunca tinha visto a médica na minha vida, nem ela a mim, mas lá que ela sabia, sabia!
Fez-me a ecografia e mostra-me o que hoje é uma bebé e na altura era um saquinho e exclama "Parabéns! Está a ver? Está aqui! É este saco muito pequenino!" E assim descobri que estava grávida de 4 semaninhas.
E agora? Pensava eu... 24 anos, tinha começado a morar com o meu namorado há pouco mais de 2 meses, já era uma mudança nova na minha vida, imaginem lá descobrir que estava grávida. Adiante, everything happens for a reason, foi o que pensámos e se os outros conseguem, nós também vamos conseguir!
Fazendo um bocado de fast forward, porque senão passavam 1 mês a ler a história da minha gravidez, em Fevereiro faço outra ecografia e lá estava o que ainda era o nosso feijãozinho porque não se quis mostrar e não conseguimos saber se era Menino ou Menina. Quando a minha obstetra me diz que a próxima ecografia era só às 21/22 semanas, comecei a pensar... Já é dificil aguentar 10 semanas sem ver o feijão, quanto mais sem saber se era a Luisinha se era o Frederico (já tinhamos os nomes escolhidos praticamente desde o dia que descobrimos que estava grávida!), e é quando a minha tia me telefona a dizer: "Rita, porque não vais fazer o teste "menino ou menina" para saberes o sexo do bebé?" - não sabia sequer da existência de tal teste, fui pesquisar a eficácia, que era quase de 100% para quem já estivesse grávida de mais de 8 semanas e decidi fazer.
3 dias depois: "Parabéns! Você está grávida de uma menina!"
Na ecografia das 22 semanas o médico lá nos confirmou que era uma menina (já eu tinha comprado dezenas de coisas cor-de-rosa), mas a partir daí sim, começou a saga do quarto, côr do quarto, mobília do quarto, coisas que hoje em dia olho e penso para que é que comprei, mas faz tudo parte do processo, bem como toda a roupa que ela nunca conseguiu usar!
Toda a gravidez foi muito calminha, sem qualquer precalço pelo meio, até final de Julho em que a médica me pede repouso, porque queria que a Luisinha ficasse cá as 40 semanas e achava que se eu continuasse a fazer a minha vida normal que ela nasceria antes, a DPP era 07 de Setembro. Depois de 1 mês em casa e nas 39 semanas, vou mais uma vez à médica em que me diz: "A sua bebé parece que não está com muita vontade de sair, está de cabeça para baixo, na posição, mas está muito para cima e não me parece que vá encaixar". Confesso que fiquei um bocado irritada depois de 1 mês sem fazer nada a não ser ver todas as séries do AXN, FOX Life e por aí fora, jogar Monopólio, sim... Monopólio, precisava de coisas que ocupassem horas do meu dia, para não desesperar em ansiedade, as visitas não eram muitas porque o cansaço também já era muito e relembrar que era Agosto, pico do Verão e já estava a parecer uma bola de basquetebol e não me sentia a mulher mais atraente deste mundo...
Dia 7 de Setembro induziram-me o parto às 9 da manhã (ou tentaram pelo menos!), mas nada feito, a pipoca não descia mesmo e teve de ser cesariana. Depois de algumas horas de espera, às 15:36 nasce a Luisinha, e aí, a partir dessa hora, desse minuto, posso dizer que renasci, cresci e descobri finalmente o sentimento que é ser mãe.
No próximo post contarei tudo sobre o turbilhão de sentimentos do dia em que fui mãe!


6 comentários:

  1. Agora já li. E estou ansioso pelo próximo "episódio".

    Estou mesmo muito contente por ti, Ritinha.

    beijo e parabéns aos papás (once more).

    Nuno Luz

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  2. Rita, ADOREIIIIIII ler este post e mal posso esperar para :
    1. ler o próximo post
    2. Ver-te a ti e à Luisinha!

    Bjs,
    Xica

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  3. Ritinha, como me revi nas tuas palavras!
    Obrigada! E a tua filha é como tu, um amor!
    Muitos parabéns!

    Um grande beijinho,

    Carla Freitas

    P.s. e até está muito bem escrito! Boa prof. de Português que tiveste! ;-)

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